Novo A3 vira referência tecnológica

Terceira geração do hatch da Audi tem mecânica mais eficiente e até acesso a internet.
A Audi gasta os tubos quando está desenvolvendo um novo veículo ou na evolução de um modelo consagrado.



Audi A3 2013
Novo A3: mais refinado e eficiente que gerações anteriores

Na criação da terceira geração do hatch médio A3 não foi diferente e a marca alemã desembolsou quase US$ 1 bilhão para criar um dos automóveis mais modernos de sua linha e quiçá da categoria, onde ainda atuam feras como o BMW Série 1 e, mais recentemente, o Mercedes-Benz Classe A reformulado.
 

E ninguém brinca em serviço nos laboratórios da Audi. Para criar um carro de última geração, a montadora apelou para a utilização de mais alumínio na construção da carroceria, o que rendeu um regime de até 90 kg no caso da versão com motor 1.4, e os sistemas de alimentação dos propulsores
– que já eram avançados – ficaram ainda mais eficientes, reduzindo os índices de consumo e emissões com a lambuja de mais potência. Ou seja, o A3 ficou mais rápido consumindo menos combustível.


Tal avanço, segundo a Audi, proporcionou ao modelo uma evolução de 17% em termos de eficiência e 10% para performance, números um tanto relevantes. Mas nada disso seria notado se não houvesse também um “upgrade” no design do carro, que não mudava de forma significativa desde 2006. Nesse ponto, a fabricante também não poupou recursos e o resultado é um veículo com desenho mais limpo e elegante, apesar de poucas alterações nas proporções - a mudança mais notável nas dimensões foi a ampliação da distância entre-eixos, que ganhou mais 6 cm e chegou a 2,63 metros.

A arquitetura da cabine também enche os olhos ao seguir uma filosofia minimalista e a ergonomia é ainda maior na versão Sportback. Não há mais tantos botões no painel e os que sobraram estão dispostos como teclas de um piano, sempre de fácil leitura e muito objetivos, a ponto de dispensar uma consulta ao manual mesmo para operar as funções mais complicadas. Há ainda mais espaço para os ocupantes, embora a parte traseira ainda seja um tanto apertada, e o console ficou mais arejado com a expulsão da alavanca do freio de estacionamento, que acabou substituído por um sistema eletrônico operado por um pequeno botão.

Impressões ao dirigir

O iG Carros provou nas ruas do principado de Mônaco e arredores do litoral da França o A3 nas versões com motor 1.4 e 1.8, as duas que serão oferecidas no Brasil. Ambos têm estampados na traseira a sigla TFSI, que indica a presença de sistemas de turboalimentação e injeção direta de gasolina, recurso que pulveriza o combustível na câmara de combustão da forma mais precisa possível de acordo com o ritmo imposto pelo pé do motorista, seja ele excessivo ou suave.

A versão 1.4 – é o mesmo motor do A1 – desenvolve 140 cv e torque máximo de 25,4 kgfm, que por sua vez é administrado pelo louvável câmbio S-Tronic de 7 velocidades e dupla embreagem, que faz trocas de marcha em questão de milésimos de segundo. No primeiro contato tem-se a impressão de que o carro é fraco, mas o cenário muda completamente quando a função “S” é ativada, elevando as rotações do motor e atiçando o comportamento do câmbio.

Nesse modo, o carro fica arisco e muito mais interessante de conduzir, mas isso, claro, também implica em maior consumo de combustível. Segundo a Audi, o novo A4 1.4 TFSI pode acelerar do 0 aos 100 km/h em 9,5 segundos e atinge até 213 km/h. Já o consumo médio de gasolina gira em torno de 20,8 km por litro. Nada mal.


Para quem busca ainda mais desempenho (ou emoção) o ideal é o A3 1.8 TFSI. Nessa configuração, o hatch dispõe de 180 cv e 28,5 kgfm de torque, o que faz o carro funcionar com mais “folga”, afinal há mais 40 cv em ação na comparação com o 1.4. Essa característica também torna o A3 mais silencioso e, como não poderia ser diferente, mais veloz: faz 0 a 100 km/h em 7,3 s e chega a 232 km/h. O consumo médio divulgado pela marca é de matar de inveja qualquer compacto 1.0 popular: 17,8 km/l.

Ainda chama a atenção, nos modelos 1.4 e 1.8, o comportamento da suspensão, que mescla muito bem o compromisso entre o conforto e a esportividade. Isso faz do A3 um carro extremamente seguro em curvas e firmes em frenagens fortes, como pudemos conferir nos trechos sinuosos de Mônaco.

Equipamentos avançados

Audi A3 2013
terceiração geração do A3 tomou emprestado alguns dos principais recursos do A8, o sedã “mestre” da Audi. Ele vem, por exemplo, com controle de velocidade de cruzeiro adaptativo (ACC), alerta sobre objetos em pontos cegos da carroceria e até sistema de entretenimento com acesso a internet – o carro possui uma espécie de smartphone embutido no painel.
 
 
O novo A3 permite ao motorista acessar o Facebook e Twitter, além de consultar as condições meteorológicas de determinas regiões e as principais notícias do momento por meio de agências. Outra parte interesasnte é o sistema de navegação com a interface do Google Earth com direito até a utilização da ferramenta Street View. Assim vai ser difícil sair do carro...

Novo A3 no Brasil

Segundo Leandro Radomile, presidente da Audi no Brasil, o novo A3 chega ao mercado nacional a partir de março nas versões 1.4 e 1.8, mas por enquanto somente na versão Sport, a designação da marca para seus carros com duas portas. O Sportback, com quatro portas, chega em junho, também nas mesmas configurações de motorização.
 
O valor do novo A3 para o Brasil ainda não foi definido, mas barato ele não vai ser. O modelo de entrada na Europa começa em 22 mil euros, mas no mercado nacional a cifra deve ultrapassar facilmente a barreira dos R$ 100 mil e ir muito além caso o comprador opte por equipá-lo com todos os equipamentos extras da nova geração. Com preço alto ou não, trata-se de uma máquina notável. E isso ninguém pode negar, nem mesmo os concorrentes.
 
 

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