O diabo-da-tasmânia ou demônio-da-tasmânia (nome grego, sarx, carne + philos, amigo; ) é um mamífero marsupial da família Dasyuridae endêmico da ilha da Tasmânia, Austrália.
Através do registro fóssil sabe-se que a espécie habitou também a Austrália continental, tendo se extinguido há cerca de três mil anos. As causas do desaparecimento são desconhecidas, mas acredita-se que tenha sido influenciado pela introdução do dingo, pela chegada e expansão dos aborígenes e por influência climática do El Niño durante o Holoceno.
É um caçador pouco eficiente, preferindo animais de pequeno porte. Pode ser encontrado em vários tipos de habitat, incluindo áreas urbanas, mas prefere bosques costeiros e florestas esclerófitas. Noturno e solitário, habita uma área de vida definida, mas não tem tendências territoriais.
Ocasionalmente, vários animais se reúnem para se alimentar de uma carcaça, gerando interações agressivas. Promíscuos, acasalam-se uma vez ao ano, gerando ninhadas de dois a quatro filhotes, que são desmamados aos oito meses de idade. É o maior marsupial carnívoro existente, após a extinção do tilacino, e possui convergência ecomorfológica com as hienas.
Inicialmente, o animal foi visto pelos colonizadores europeus como uma ameaça aos rebanhos domésticos, sendo então caçado e envenenado, com significativa redução populacional. Em 1941, a espécie foi oficialmente protegida e os números começaram a aumentar. No final da década de 1990, uma doença neoplásica reduziu drasticamente a população e agora ameaça a sobrevivência da espécie, que em maio de 2009 foi declarada em perigo de extinção
O diabo-da-tasmânia é endêmico da Austrália, onde pode ser encontrado apenas na ilha da Tasmânia e algumas ilhas costeiras próximas, como Robbins, Bruny e Badger. A população da Ilha Bruny sobreviveu até meados do século XIX,
A população da Ilha Badger foi ilegalmente introduzida na metade da década de 1990, sendo removida em agosto de 2007. Registros subfósseis indicam também a presença da espécie na ilha Flinders até o início do século XIX.15A espécie extinguiu-se no continente australiano entre 3 000 e 4 000 anos
A população da Ilha Badger foi ilegalmente introduzida na metade da década de 1990, sendo removida em agosto de 2007. Registros subfósseis indicam também a presença da espécie na ilha Flinders até o início do século XIX.15A espécie extinguiu-se no continente australiano entre 3 000 e 4 000 anos
habitat
Os diabos podem ser encontrados em todos os habitats da ilha, incluindo os arredores das áreas urbanas, mas preferencialmente habita bosques costeiros e florestas esclerófilas. O "núcleo" da distribuição, onde se concentram as maiores densidades populacionais, está localizado nas zonas com precipitação anual de baixa a moderada do leste e norte da ilha. Densas florestas úmidas de eucalipto, áreas alpinas, brejos densos e úmidos e pastagens abertas suportam apenas baixas densidades populacionais. Diabos também evitam encostas íngremes e áreas rochosas.
Características
O diabo-da-tasmânia possui uma aparência superficial de urso, exceto pela cauda. Possui porte robusto, com uma cabeça curta, larga e musculosa, focinho curto e orelhas arredondadas.
As orelhas são peludas com tufos bem demarcados na base. Sua pelagem é de castanha escura a negra, exceto pela mancha branca na região da garganta e por uma ou duas manchas nas regiões lombar e lateral do corpo. Cerca de 16% dos animais apresentam melanismo, ou seja, são completamente negros, sem qualquer tipo de mancha.
As orelhas são peludas com tufos bem demarcados na base. Sua pelagem é de castanha escura a negra, exceto pela mancha branca na região da garganta e por uma ou duas manchas nas regiões lombar e lateral do corpo. Cerca de 16% dos animais apresentam melanismo, ou seja, são completamente negros, sem qualquer tipo de mancha.
Os membros dianteiros tendem a ser maiores que os traseiros. O primeiro dedo do pé está ausente, fazendo com que o diabo tenha 5 dedos nas mãos e apenas 4 nos pés. As garras não são retráteis. A cauda, não-preênsil, curta e uniformemente coberta de pelos, tem importante papel na fisiologia, no comportamento social e na locomoção.
Ela funciona como um depósito de gordura, e diabos saudáveis tendem a ter caudas grossas, e age como um contrapeso que ajuda a dar estabilidade quando o animal se movimenta rapidamente.3 Glândulas ad-anais na base da cauda são usadas na demarcação e na comunicação social pelo seu odor forte e característico
Dieta e hábitos alimentares
Diabo-da-tasmânia se alimentando de um pequeno canguru atropelado. |
A dieta da espécie é bastante variável e depende da disponibilidade de alimento e inclui uma grande variedade de vertebrados e invertebrados, como também frutos e plantas.
Grande parte da alimentação é derivada de pequenos a médios cangurus dos gêneros carneiros e coelhos. Geralmente consumindo as carcaças de animais atropelados ou mortos por outras causas.
O diabo não é um caçador eficiente, e quando caça, geralmente ataca animais de pequeno porte, como aves, sapos, répteis, vombates, cangurus pequenos, cordeiros fracos e doentes. Em média, o diabo come cerca de 15% do seu peso corporal por dia, embora possa ingerir mais de 40% caso tenha a oportunidade.
Reprodução
Três filhotes tomando banho de sol. |
O período gestacional varia entre 14 a 22 dias e resulta numa ninhada de 2 a 4 filhotes. Como na maioria dos marsupiais, o restante do desenvolvimento ocorre no interior do marsúpio. Até os 90 dias, as crias ficam agarradas às mamas, aos 105 dias deixam o marsúpio pela primeira vez e são desmamadas aos 8 meses.
Os machos disputam as fêmeas na estação reprodutiva e a fêmea se acasala com o macho dominante. O maior contato entre os indivíduos nessa época resultada em maiores taxas de lesões como resultado da agressão intra/inter-sexual. O acasalamento se dá tanto de dia como de noite. As fêmeas normalmente atingem a maturidade sexual aos dois anos de idade, entretanto, devido ao aparecimento da doença tumoral facial, a maturidade já pode ser observada no primeiro ano de vida.
Aspectos culturais
O diabo-da-tasmânia é um ícone na Austrália, particularmente na Tasmânia, sendo o símbolo do Serviço de Parques e Vida Selvagem da Tasmânia. A espécie também apareceu em várias moedas comemorativas na Austrália no decorrer dos anos. É muito popular entre os turistas e a possibilidade de extinção pode causar danos significativos ao segmento turístico da Austrália.Devido à sua personalidade única, o diabo tem sido objeto de numerosos documentários e livros de ficção e não-ficção para crianças.
Em meados da década de 1950, a espécie inspirou os estúdios Warner Bros a criar uma personagem chamada Taz que figurou nos desenhos Looney Tunes. Inicialmente a personagem ficou em cartaz entre 1957 e 1964, sendo retirada do ar, mas voltando na década de 1990, com um desenho só seu, Taz-Mania.3
Tuz, um diabo-da-tasmânia com um bico de pinguim, foi o mascote da conferência linux.conf.au realizada em 2009 na cidade de Hobart, que arrecadou quarenta mil dólares australianos, doados para o programa de conservação da espécie.70 No mesmo ano, Linus Torvalds escolheu o mascote para ser o logo da versão 2.6.29 do núcleo da Linux em apoio aos esforços para salvar o diabo-da-tasmânia da extinção.70
Fonte :Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
link http://pt.wikipedia.org/wiki/Diabo-da-tasm%C3%A2nia
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